sábado, 4 de setembro de 2021

 

Longa vida aos Edis. Vamos lá então VOTAR !!! (Versão 2021)



silly season tem este ano o prolongamento imprescindível. Não terminará com o regresso das férias, com o fim do faz de conta, o enfrentamento da realidade, a volta aos escritórios, às fábricas e aos Centros de Emprego para a nova inscrição. 
A silly season vai então prolongar-se até, pelo menos, ao 26 de Setembro. Não é que, a também chamada "hora do pepino", tenha então o seu epílogo. Não. A frivolidade e a tonteria manter-se-ão sempre que cada idiota se lembrar de bolsar coisa nenhuma - de jeito - para uma qualquer revisteca ou pasquim mal medrado. O ridículo não tem, nem jamais terá parança até que se elimine o último taralhoco.

Mas não é a esses que está destinado o próximo tempo político. Esses, fazem parte do nosso quotidiano. Está destinado aos outros.

A vinte e um dias de distância, talvez o maior e mais importante momento da democracia, irá ter lugar em vilas, aldeias e cidades do Continente e Ilhas.

Não sei se é possível pedir uma reflexão. Uma pequena análise e reflexão sobre os 4 anos passados, em cada lugar no qual fazemos a nossa casa ou a nossa vida.

O que mudou?                                                           

CARTA ABERTA AOS EDIS !!!

A vinte dias da definição do vosso/nosso futuro, eis que é tempo de cada um, de forma séria e envolvente, se manifestar concretamente sobre o propósito que o norteia.

Não, não somos tolos. 

E por isso, a menos que sejamos apanhados desprevenidos, haveremos de saber para onde vão e nos querem levar.

É o futuro que nos apoquenta. Aliás, há muito que vivemos apoquentados, externando os vivas e as vaias às atuações dos últimos tempos.

E, dir-se-á que foram mais os vivas do que as vaias. É possível que sim. Os encantamentos a isso levaram e ás pequeninas dádivas recebidas, os pobres, não mal agradecidos, disseram “viva”!

Mas não é disso que se trata agora. É agora o tempo de conhecer o propósito, de saber a motivação, de ver assegurada a garantia do progresso, do desenvolvimento, da seriedade, do comportamento digno e sério. Tempo de saber e garantir a igualdade, o trabalho coletivo em prol de nós todos e dos vindouros. Esses, com o futuro tão comprometido até hoje, como se sabe.

É agora o tempo da sobriedade, do fazer a sério, sem questiúnculas, sem vaidades, sem rateios, sem comprometedoras preferências de estilo, política, género ou conotação.

É o tempo de NISA! E dos outros.

Agora, é o verdadeiro, derradeiro momento para alguns, de ver e crer. De confiar, de ver garantidos os mais elementares direitos que a democracia nos trouxe. Igualdade, fraternidade, solidariedade.

Tudo em prol do nosso futuro coletivo, sem máguas nem máculas. Sem raivinhas e sem ódios. Com firme e denodado empenho em construir, em fazer e deixar fazer, para o crescimento e felicidade de todos.

Saibam todos que, sós nada conseguirão. Não foi sózinhos que conseguiste o estabelecimento do poder local, como terceiro nível da governação do País e que durante mais de 40 anos, transformou Portugal, como nunca até então. E por isso, a esse, no coletivo, damos os “Vivas”.

É pois esse, o louvor que merecem, os vivas recebidos a todos os mais de 37.000 autarcas dos nossos municípios que, durante já tantas décadas ajudaram ao desenvolvimento, ao respeito e dignidade das populações e dos sítios e Concelhos.

Mas o momento de agora, não contempla os “vivas”. Impõe, outrossim, o conhecimento e a certeza do que os move. Com que podemos contar (?). Qual a disponibilidade para terminar o período da eleição e a dedicação a um trabalho conjunto, coletivo (?), profícuo, sério. Se não há, compreensão do muito mais que nos une, do que o que nos separa, então será evidente que as promessas não se cumprirão.

É este o tempo da seriedade. O tempo das garantias, sem juras, mas também sem perjúrios.

O que nos for dito agora, o cumprimento ou as promessas incumpridas, servirá como prova para absolvição ou condenação pública no longínquo 2025.

E é assim, tal como antes. Cada mandato merecerá o seu julgamento.

Mas, confrontados com o futuro próximo, haveremos de refletir sobre os programas que anteriormente pedimos publicação e já tardam.

Recordando 2017, tão actual...

“Aqui para nós que ninguém nos ouve. Estou cansado!!! 

E na semana, recta final da campanha, das arruadas, dos comícios, dos out-doors, das rádios, tv´s, pasquins. Das esferográficas, dos saquinhos com as caretas, dos isqueiros, dos chouriços embalados com a dita do candidato... Das promessas, das juras, das poucas prestações de contas, das ameaças, dos eriçados encontros, das promissões de que agora é que é... Estou farto. 

E estou farto, das mentiras, do "fazer de nós parvos", dos perjurios, dos insultos, da má educação, da sobranceria, das audácias, atoardas sem recato ou qualquer decoro. 

Sim, estou farto, empanturrado de "coisa nenhuma", que valha, que interesse ao nosso coletivo, regional ou nacional. E por isso, protesto contra as constantes tentativas de promoção da asnidade, num desapuro constante que abomino.  

E, quando embalados no remanso deste Outono mal chegado, buscando a paz, o sossego, eis que mais uma caravana passa, apregoando os melhores, exibindo as bandeiras, identificando os prometimentos, vãos é certo, mas que fica bem para se alcançar a vitória. 

Com as ridículas conversetas e sorrisos de oportunidade, com a peixeira D.Maria, alvoraçada, com o sapateiro com profissão em fim de vida, com o lojista de rua amargurado com as grandes superfícies, com o desalojado do bairro decrépito, com o cigano xenofóbicamente ostracizado, com o reformado já mais confiante porque lhe devolveram o quinhão roubado, com o desempregado, agora mais esperançoso de que ainda poderá ser útil, com os velhos sem lar, nem rei nem roque, entregues à sua sorte na casinha degradada do bairro da cidade.  

Com a gritaria dos jotas, (almejando um lugar em fim de curso), com os hinos (alguns bem melódicos e já bem conhecidos), com a invasão das praças, ruas, travessas, mercados, de cidades, vilas ou aldeias, onde não voltarão tão depressa, a não ser em tristes momentos de calamidades, incêndios, terramotos ou derrocadas... E aí, também e sempre aproveitando as câmaras de qualquer "man" ou alguns microfones de um qualquer directo radiofónico.Estou farto! 

Interiormente sinto coisa parecida com raiva... mas não posso garantir que seja isso. Só com diagnóstico clínico apurado, concluirei. Mas que estou, é mesmo verdade. Farto! 

Em recato, reflicto muitas vezes e recordo os idos, já quarenta anos do poder autárquico. 

Faço-o com satisfação, regozijo-me por esta bela conquista de Abril, de que sou fanático desde sempre, mesmo antes, anos antes dessa feliz madrugada. Louvo o propósito original,  desenvolvimento do país, para o bem-estar das populações, na implementação e melhoramento das redes públicas de abastecimento de água, electricidade, saneamento básico, tratamento de lixo, arruamentos, parques e jardins, estradas e caminhos, habitação social, pavilhões poli-desportivos e dinâmica cultural. 

Hoje, Portugal é bem diferente. Às autarquias, ao poder local se deve muito do nosso desenvolvimento. É incontestável que às edilidades se deve, o denodado esforço de promoção, de desenvolvimento, de criação de riqueza, do comércio, de indústria, de turismo que outrora não tínhamos, pelas razões bem conhecidas. 

São as autarquias e os seus dirigentes, credores do sucesso do fim do abandono de tantas regiões, pequenas vilas e aldeias. A eles devemos a maior parte da modernização das infraestruturas locais, da inclusão de todos (ou quase todos) no mapa da Nação lusa. 

Mas estou farto, dos insultos, da má educação, da sobranceria, das audácias, atoardas sem recato ou qualquer decoro.

Sim, estou farto, empanturrado de "coisa nenhuma", que valha, que interesse ao nosso colectivo, regional ou nacional. E por isso, protesto contra as constantes tentativas de promoção da asnidade, num desapuro constante que abomino.” 

(in http://desventuralusitana.blogspot.com/2017/)


É no futuro que desenharemos o nosso progresso. É com o nosso empenhamento coletivo, inverteremos a infâmia do despovamento, com trabalho e união, transformaremos o nosso deserto Alentejano no oásis de felicidade, para todos os que nos visitam, mas sobretudo para os que connosco nele usufruímos.

E deixaremos de ser “gente subsidiada, vestida de negro e sentada na sombra das casas, à espera que venham ver a paisagem” (MSTavares Expresso 3/09/2021)

AV/ 04/09/2021




















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