sábado, 16 de junho de 2018

CRÓNICA PARA UM IMBECIL - "Morra o Dantas... pim"

Raras vezes me ocupo de pronunciamentos soltos da área do "futebolês".
Justifico esta atitude, por falta permanente de vontade em rivalizar com algumas centenas de "distintos professores", especialistas na matéria geral do que trata o futebol. Também porque, não sendo especialista nem pretendendo conhecer mais, do que sabe um simples adepto do desporto-rei, não me poderei permitir o arrojo da competição discursiva com os "especialistas" do mesmo.

Sou sim, sou Sportinguista de fé. Vibro, sofro com as derrotas e regozijo-me, festejo, exalto os feitos e as vitórias do meu clube de muitas décadas - nem digo quantas, mas asseguro-vos que são mesmo já muitas...

Quando glorifico o meu Sporting Clube de Portugal, manifesto-me sempre com honradez, não desprestigio os adversários, não os machuco com palavras ou actos. Respeito todos e tantas e tantas vezes, enalteço os feitos e virtudes dos adversários do meu SCP. Há porém algumas vezes que, a "discussão retórica" ou alguma acalorada converseta sem mal, me leva a pequenas picardias com os meus amigos, adversários do meu Sporting. E no fim, rimos muito e a vida continua.

É assim. Vivo contente com isso. Reconheço as falhas, as fraquezas desportivas do grande Sporting, mas tal não me leva aos extremos de as justificar com faltas dos outros. Tanta vez me vêem, os que comigo convivem, magnificar os adversários do meu Clube de sempre. Tantas vezes, vibrando com competições internacionais em que, por incapacidade o meu Clube não está presente, mas tal não me impede de torcer pelos outros, por aqueles que, cá dentro são os nossos adversários. Sempre, gritando por Portugal.

Vamos então ao que interessa e tinha, tem como objectivo primeiro - a "Crónica para um imbecil".

Por mais de três meses que vimos sofrendo o vexame, a desonra de, como dizia o general romano no regresso a Roma e na narrativa a César - "não nos governamos, nem nos deixamos governar".

A infelicidade de havermos crido que, um salvador, qual messias de olhar de sonhos, tinha chegado para nos salvar do longo jejum de vitórias e glórias, eis que somos desde há tempos, machucados, humilhados e provocados pelas atitudes absurdas, incongruências e despropósitos de um "cavalheiro" que se acomodou na poltrona mais alta dos sportinguistas.

As tantas asneiradas proferidas ao longo de já longos anos, algumas vezes deixaram no nosso léxico um gosto tão amargo de incredulidade, noutras o sentimento de desonra, de opróbrio de gente humilhada por tão sinistra personagem, supostamente representante dos sportinguistas. E o autor continuado do labéu, chama-se Bruno de Carvalho.

É pois esta pequena crónica, verde de sportinguismo, de expectação e verde de crença no futuro, que pretende manifestar o maior repúdio pela vergonha a que nos tem conduzido a vil criatura a que me refiro.

É com a maior tristeza e vergonha que, nós os sportinguistas (não sportingados), nos temos submetido à provação, ao gozo e à chacota dos nossos adversários. É com o maior desagrado e incapacidade de lutar contra o "pequeno líder gordo", mal educado, pretensioso, mentiroso e trampolineiro que ora nos promete mais lorotas.

Hoje, no final da exibição do nosso Clube - A Selecção Nacional  no jogo contra a Espanha - numa entrevista de rua a um adepto, o mesmo referia com a zombaria que só alguns usam e ainda bem que são poucos - " vim ver os novos jogadores do Benfica a actuar" .

Que honra deitada ao lixo pelo impostor que nos mente em contínuo. Que vergonha não tem este imbecil que, nos tem levado o nosso querido Sporting à exaustão, exaurindo todos os valores, derretendo todas glórias dos mais de cem anos de existência do Sporting Clube de Portugal.

Que personagem ridícula que mobiliza centenas de horas da comunicação social, com as bestialidades, esquizofrenias, alucinações de um ser portador de delirante incongruência mental permanente.

"Basta pum basta!!!
Uma geração com um Dantas a cavalo é um burro impotente!
Uma geração com um Dantas ao leme é uma canoa em seco!
O Dantas é um cigano!
O Dantas é meio cigano!
O Dantas é um habilidoso!
Morra o Dantas, morra! Pim!
E o Dantas teve claque! E o Dantas teve palmas! E o Dantas agradeceu!
O Dantas é um ciganão!
Não é preciso ir pró Rossio pra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!
Morra o Dantas, morra! Pim!
Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!
O Dantas é a meta da decadência mental!
E ainda há quem não core quando diz admirar o Dantas!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
Basta pum basta!!!"

(Leia-se Bruno que não, o pobre Dantas de Almada Negreiros)

António Ventura/15-Jun-18





quinta-feira, 29 de março de 2018

O ELOGIO FORÇADO... ou o Jornalixo da vilã !!!

https://observador.pt/opiniao/um-elogio-a-antonio-costa-e-mario-centeno/

Um elogio a António Costa e Mário Centeno

Muitos ministros das Finanças tentaram dominar o “monstro”, apenas um parece estar a conseguir. Centeno está de parabéns. E Costa também. Esperemos que as tentações eleitoralistas não estraguem tudo.



Esta senhora, a quem não reconheço qualquer qualidade de isenção jornalística. 
Esta senhora em quem não vejo qualquer capacidade de apreciação séria de contas públicas, ou questões económicas, sociais ou de política honesta. Esta senhora que, por ser ouvinte diário da Antena Um, me injecta semana sim, semana não, com os seus tolos conceitos e aberrantes comentários sobre a actualidade, as baboseiras pretensiosas e - nas semanas "não" tenho a felicidade de escutar o jornalista Nicolau Santos, isento, claro, informativo, sério... Vem agora, após largos anos a benzer e conclamar todas as diatribes das "direitas unidas", dos "arcos da desgovernação", dos beneméritos banqueiros e do seu protector geral, enfatizando todas as iniciativas daqueles em "vender" Portugal, polindo reluzentemente os artistas da nossa desgraça de eternos pagadores (também salvadores de Bancos, patrocinadores de Empresas privatizadas, fundamentais),..., vem agora, pois então PARABENIZAR  O SENHOR PRIMEIRO MINISTRO E O MINISTRO DAS FINANÇAS.
O despudor, falta de ética, carácter e seriedade é tal que, vem mesmo justificar (para nós não seria necessário) que o suporte ao Banco Público - CGD (para pagar as "imparidades", nome tão técnico que só serve para enganar o povão, mas que, de facto quer dizer vigarices, crédito já incobrável na data em que foi concedido aos amigos e trapaceiros que se pavoneiam diáriamente na nossa frente, como se o "Zè" fosse parvo mesmo todo parvo...
Esta senhora, Helena Garrido, terá mudado? Se mudou, deverá rezar 20 avé-marias e penitenciar-se. Se não mudou, pois...
Continuará a merecer de mim, o desprezo que me merecem os "jornalixeiros" que por aí proliferam...
No entanto, acho que, por educação apenas, o Senhor PM e o Senhor Ministro das Finanças agradecem o piropo!!!

António Ventura/29.3.18

domingo, 14 de janeiro de 2018

REQUIEM PARA PEDRO... Bom dia RIO !!!

Caro Pedro, ou PPC como o pessoal se habituou a chamar-te, talvez pela poupança exagerada a que o submeteste durante aquele longo período, annus horribilis de triste memória.

Estou certo que nunca leste as minhas muitas cartinhas, por insignificantes e humildade do seu remetente. Não faz mal.

Hoje, na hora da tua despedida definitiva, ad immortalitatem, não obstante a habitual e enorme preguiça, cá estou de novo para a minha solene despedida em jeito de réquiem. Dirás que é cinismo meu, que não seria necessária a presente prosa, sacana, inusitada e embusteira. Mas olha que não, olha que não…

Tanto tempo de convívio, contigo e com os teus – Gaspar, Albuquerque, José Pedro, Paula, Relvas, Maduro, Álvaro e Nuno – como seria possível esquecer. Ainda temos memória Pedro. Essa não nos conseguiste tirar.

E é por isso que esta nossa despedida de hoje, se justifica, se exige, imprescindível. Não triste e amargurada, mas sabiamente contida nas emoções, porque a pessoas de bem que já tanto sofreram, poucas lágrimas lhes restarão. As poucas, porém, seriam por ti um desperdício.

Ora bem, agora já sabemos que já vais ser rendido nessa tua tão heroica função. E digo heroica porque, até há por aí um grupo nessas nefastas redes (às vezes muito pouco sociais), que te chamam de “grande estadista”, não vejo porque não merecerás então, um “Grande Colar” de uma qualquer Ordem.

Afinal, se o decisor anterior dessa entrega, o Tio Aníbal, tivesse pensado bem (como não é costume), não teria hesitado em te condecorar. Tu foste apenas o seguidor, o finalizador da sua (dele) obra política de desbaratar tudo o que nos restava.
O actual Grão-Mestre de todas as Ordens Honoríficas Portuguesas, penso que não se esquecerá dos imensos feitos à Nação pela tua pessoa.

Mas não quero ser injusto em absoluto. Somos, tu e eu, gente séria e correcta.

Reconheçamos portanto, em teu benefício, que longa e dura foi a tua jornada que ora termina, Graças a Deus. Só levianamente se poderá olvidar que, a dificuldade com que enfrentaste o exercício da tua “maioria absoluta” era tarefa hercúlea, de gente com força, determinação. Por toda essa tua tenacidade, denodo e dedicação, terás um lugarzinho na minha memória.

Mas Pedro, com um raio, que mal acompanhado que estiveste… Não acertaste em quase nenhuma ou nenhum. Que diabo, era raiva? Estavas zangado com a malta?

Por volta de 5 de Novembro de 2014, escrevi-te mais ou menos o seguinte.

Continuas na tua lenga lenga, como se nada de grave se esteja a passar. És valente, tenho de reconhecer. Lutas contra tudo e contra todos. Pões o "pessoal" todo em polvoró, uns contra os outros, os privados contra os públicos, os velhos contra os novos, os ausentes contra os presentes, os professores contra os alunos e os alunos, tão jovenzinhos, parecem começar agora a ficar contra ti. É que a tua voz, que treinavas ao espelho quando tinhas a idade deles, augurando já à época o alto cargo que irias conseguir, já não os convence.
Noto, quando te vejo que estás a demonstrar cansaço. Cansas-te e cansas-nos!!!

Não evitas um só momento em lutar contra os "moinhos de vento" qual Quixote de Cervantes. Vês inimigos em toda a parte e nem por um momento, sossegas, olhas para nós, porque só nós te poderemos ajudar.
Mas não, cansaste-nos e estamos fartos. Queremos ver-te pelas costas depressa.
Onde viste oiro... perdeste-te. Tudo vendeste, tudo ofereceste numa sôfrega ânsia, parece, de teres tempo para tudo derreteres, deixando-nos à míngua.
Depois de ti, nada de pé restaria, ou melhor dizendo, depois de ti, nada nos restaria que valesse uns cobres. Ficaríamos então, como desejaste - pobres, indigentes, maltrapilhos e à mercê da chacota de todos e de tudo.

Felizmente, inverteu-se o rumo. Com o Diabo sempre anunciado, mas nunca chegado, tudo ardendo, a fogueira das vaidades perdendo o lume intenso que tanto animaste…

Chegou sim, o défice mais baixo da democracia. O desemprego em taxas desconhecidas nos últimos vinte anos, o crescimento  e o PIB em subida nunca vista, atestado e parabenizado pelo Sr. Alemão, pela Dama de Berlim, e por todos sem excepção, penitenciando-me por omitir os nomes, por incapacidade de os escrever e pronunciar. O índice de felicidade nos níveis de Norte de Europa, a alegria com a subida dos números do turismo, os prémios internacionais recebidos.

E para júbilo maior, as nomeações para a Sec.Geral da ONU, para o Eurogrupo, para a participação no Mundial da Rússia, enfim… tanta felicidade para gente tão triste.

Como escreveu o Nicolau Santos por essas datas, “Vamos aceitando resignados este lento mas inexorável definhar da nossa vida coletiva e do Estado social, com uma infinita tristeza e uma funda turbação. Está a acontecer e não poderia ser de outro modo. Está a acontecer porque esta política cega de austeridade está a liquidar a classe média, conduzindo-a a uma crescente pauperização, de onde não regressará durante décadas. Está a acontecer porque, nos últimos quase 40 anos, foi esta classe média que alimentou cinemas, teatros, espetáculos, restaurantes, comércio, serviços de saúde, tudo o que verdadeiramente mudou no país e aquilo que verdadeiramente traduz os hábitos de consumo numa sociedade moderna. Foi na classe média — de professores, médicos, funcionários públicos, economistas, pequenos e médios empresários, jornalistas, artistas, músicos, dançarinos, advogados, polícias, etc. —, que a austeridade cravou o seu mais afiado e longo punhal. E com a morte da classe média morre também a economia e o próprio país.
    E morre porque era esta classe média que mais consumia — e que mais estimulava — os produtos culturais nacionais, da literatura à dança, dos jornais às revistas, da música a outro tipo de espetáculos e de manifestações culturais. É por isso que a cultura está a morrer neste país, juntamente com a economia. E se a economia pode ainda recuperar lentamente, já a cultura que desaparece não volta mais. Um país sem economia é um sítio. Um país sem cultura não existe.
Muito há, que aos poucos nos vai arruinando e flagelando. Felizmente, que o Povo se vai apercebendo da má “roleta” governativa que diariamente vamos enfrentando.
Felizmente, que este sente a degradante situação em que vive e unido, manifestou o seu descontentamento, ao aderir em força às manifestações hoje realizadas.
Felizmente, que conscienciosamente nos vamos apercebendo, da má política, que diariamente os governantes nos vão impondo.”
"As dificuldades incentivam a luta do homem e orientam os seus caminhos."

E escreveu Concha Caballero, jornalista andaluza em Janeiro de 2014 – “Um dia, quando os salários tiverem descido a níveis terceiro-mundistas; quando o trabalho for tão barato que deixe de ser o factor determinante do produto; quando tiverem ajoelhado todas as profissões para que os seus saberes caibam numa folha de pagamento miserável; quando tiverem amestrado a juventude na arte de trabalhar quase de graça; quando dispuserem de uma reserva de uns milhões de pessoas desempregadas dispostas a ser polivalentes, descartáveis e maleáveis para fugir ao inferno do desespero, ENTÃO A CRISE TERÁ TERMINADO.”

Pedro, tudo fizeste como vinha nos “manuais”. Os “teus” prometeram-te o paraíso se seguisses à risca as baboseiras, económicas, sociais, políticas, orientadoras do “sucesso esmagado”. Acreditaste, foi o teu mal.

Poderá parecer cinismo, mas não. Sou um justo, sou. Sem nenhum rancor, desejo-te felicidades e sucesso.

Perdoar enobrece-nos, não é (?!)

Um abraço do teu
António Ventura/ Jan18



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