segunda-feira, 13 de novembro de 2023

 

 O ASSASSÍNIO

Infelizmente só alguns se darão conta da hecatombe política que caíu em cima do País e que, irá transformar a nossa vida de forma inabalável nos próximos anos.

O acontecimento político da passada semana é mais do que uma mera passagem pela criatividade inventiva do órgão de investigação criminal que denominamos de Ministério Público.

Como órgão autónomo e com estatuto próprio o MP tem como funções, representando o Estado, participar na execução da política criminal defendida pelos órgãos de soberania e exercer a acção penal, orientada pelo princípio da legalidade, defendendo a legalidade democrática. Assim reza a CRP no seu artº219.

A autonomia do MP, condicina-o porém à actuação célere, cuidada e rigorosa em toda a sua actuação. O que não tem sido o caso, se atentarmos no seu comportamento nas últimas décadas.

Ao cidadão comum, importa conhecer de forma clara e rápida, os casos, fundamentos, indiciações e comportamentos de todos os que, vierem a ser investigados criminalmente pelo órgão autónomo da investigação criminal.

Mas a sua autonomia não lhe permitirá lançar para o lodo o bom nome de qualquer cidadão.

De facto, o M.P não julga porque não é julgador. Investiga, indicia e apresenta ao Poder Judicial - Tribunais, as provas, o resultado da sua investigação, a sua proposta de condicionamento pessoal dos arguidos.

Arguidos que só o são, na hora da sua constituição como tal e que, lhes permite o acesso às indiciações de crimes e processos que contra si correm, permitindo-lhes a sua legítima defesa. Quer dizer, a constituição de um qualquer arguido, não é uma acusação ou uma condenação, antes pelo contrário. Se algo existe contra si, o cidadão, pode então e após a sua constituição como arguido, defender-se com os meios que dispõe.

Ora, no nosso Estado de Direito Democrático, tem-se vindo a pretender que, as extravagâncias do M.P. sempre assistidas pelos "mercantis comentadores" da comunicação social, condenem na praça pública qualquer cidadão, remetendo a sua imagem, personalidade e tantas vezes a sua vida privada e familiar, para um limbo de onde não sairão durante vários anos.

E a tão propalada "presunção de inocência", rápidamente se transforma aos olhos e ouvidos do público na "presunção/certeza de culpabilidade". Se soa, é porque é! Trágico, mordaz, insano e abjecto comportamento de quem devia zelar pela tranquilidade dos cidadãos, mas não o faz. Ao contrário, usa as excentricidades, o mediatismo, o popularucho noticiário dos media, as filmagens à porta dos Tribunais, à porta dos investigados, à detenção em público, na frente de filhos menores, as entrevistas aos advogados, as estúpidas e palradoras entrevistas com as jovens repórteres em vias de mercantilização que, como é conhecido, sem sensatez procuram crescer na profissão de que não conhecem a deontologia.

Crime, dir-se-á.

É comum, nas tascas, praias, cafés e cabarets da Nação, ouvir-se amiúde o comentário - "são todos uns ladrões"; "esse já foi agarrado"; "que País é este (?)"...

E para dar corpo a toda essa maldicência, surpreendentemente temos manifestações do Senhor Presidente do STJ, assegurando que isto é um País de corruptos. E o povão exalta escutando. "São todos uns corruptos..."

Que pensamento poderá ter o povão (?) iletrado e ávido de notícias culpabilizadoras contra os que acham, tanto mal lhe fazem - sobretudo a classe política (?!)

Num pequeno exercício mental, perguntar-nos-emos se será possível termos melhores políticos. Quem, com capacidade, prestígio, honradez e vontade de servir o País, poderá aceitar integrar a classe política? Quem, desses, poderá corajosamente aceitar sentar-se na cadeira onde lhe atirarão com a blasfémia, o insulto a acusação permanente?

Mal vai o País.

No limiar dos 50 anos do 25 de Abril - "Esta é a madrugada que eu esperava.O dia inicial inteiro e limpo. Onde emergimos da noite e do silêncio. E livres habitamos a substância do tempo" nas palavras da saudosa Sophia, andamos a gastar a esperança, a força colectiva e o desígnio nacional com patacoadas.

Não podendo omitir a crítica política ao sucedido e que durará por mais uns meses, haveremos de convir que, 3 linhas de um incongruente comunicado da PGR, quiçá com objectivos políticos de relevância, mas sobretudo de aniquilamento de um Homem, um Governo e uma política, transformarão consequentemente, condicionando o nosso futuro próximo, a estabilidade política e o sucesso das "boas contas", do respeito internacional e da estabilidade económica e social.

Sim, excluo como é claro, a instabilidade continuada de alguns grupos sociais e profissionais, mas esses são igualmente actores, "braços armados" da oposição política que, sem qualidade, jeito e capacidade, atacam como "judas" para se alcandorarem às cadeiras para as quais não têm "trazeiro".

O assassínio político, pela via do judiciário, a inventona só tem paralelo no nefando, execrável e perverso processo que prendeu, ofendeu e pretendeu assasinar Luis Inácio Lula da Silva.

Resta-nos a certeza de que António Costa, igualmente sobreviverá. E Portugal fará a sua penitência com o sofrimento de uns milhares de "avé-marias" e "actos de contrição". O narcisismo continuará ainda por mais uns meses.

Mas o assasinato não é pretendido como individual. O objectivo é genocídio.

Só trastes o cometem e do seu acto a história lhes responderá. 


AV/13Nov23

 

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

 

Mas as “CONTAS” Vossa Eminência…(?!) as “contas”…

(Uma cartinha imaginária que poderia ser enviada ao Presidente da Fundação JMJ)

Vossa Eminência D. Américo Aguiar

Permita-se esta antecipação do alto cargo cardinalício que Vossa Eminência irá exercer muito proximamente – tal como noticiado.

Primeiramente as minhas mais respeitosas saudações.           

O tom e adjectivos que utilizo para a si me dirigir nada têm a ver com o meu estado de agnosticismo cáustico ou lamentável estudioso de divagações espinozianas. Difíceis estas, a que não consigo chegar no todo do entendimento por incultura própria. São, portanto, os adjectivos usados em consciência e grande respeito.

Mas vamos ao que interessa porque o mundo não pára. O mundo pula e avança, como disse o poeta.

Declarou V.Emª. no passado dia 7 de Agosto, na qualidade de Presidente da Fundação JMJ, em muito breve intervenção perante os jornalistas, sobre as “Contas” que - “Vamos dizer tudo até ao cêntimo”. E tal promessa não pode ninguém ignorar que será cumprida, vinda de quem vem. Porém, o tempo urge e, a par das Contas da Fundação importará – o que será mais difícil – saber das correlativas, sobretudo da Autarquia Lisbonense. Porque dessas, vamos confortávelmente esperar sentados. Mas enfim, a esperança é a última a morrer.

Ainda acrescentou em momentos posteriores e que aqui relevo – “Não tenho qualquer sentimento menos bom em relação a ninguém. As pessoas devem manifestar-se, são livres na sua expressão, desde que com respeito. Agradeço o escrutínio”. É isso mesmo.

Assim sendo, como parece ser e V. Emª. assim o declarou, impõe-se saber quando, em que tempo, de que modo serão conhecidas de todos nós, crentes e não crentes porque, se os primeiros foram contribuintes fiéis, audazes, já os segundos, nos quais me incluo, pouco fiéis mas a isso obrigados, coactivamente através da farta contribuição fiscal a que não podemos furtar-nos.

E é por isso tudo, com a legítima preocupação do urgente conhecimento público das mesmas que, lhe dirijo a presente, sempre confiante da lisura, seriedade e propósito das boas contas das velas, hóstias e outros proventos da Igreja Católica em Portugal.

De Fátima, Vossa Eminência perdoar-me-á, se me esquivo comentar.

Que a paz fique convosco.

 

(Aos trinta dias, após as Jornadas Mundiais da Juventude de Lisboa)

 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

 O CÍNICO

O homem é um cínico, um desestabilizador, um vaidoso, fútil, presunçoso e um saudosista do “padrinho” ou “padrinhos”. O homem não tem trambelho. Argumenta sem sentido, provoca e arrogante acha-se dono da razão, do saber, do fazer… 

O homem não presta. É um “coiso”, um “não de tudo”, um conspirador, em constante maquinação, na urdidura e tramóia permanente, com o objectivo de se auto-promover, e de elevar os “seus” que mesmo não prestando para nada, contam com o seu assentimento, mesmo em trágico prejuízo do País. O homem acha ser o mais bonito, o mais sábio, o mais simpático e credível. Não precisa de votos, ele ganhou todos. Mesmo os que não ganhou, foram por ignorância, porque somos uns néscios, uns imbecis.

E acha que “depois de mim, só o Dilúvio”.

O homem pretende ser, sorrindo mas arrogante como dono de todo o saber, o grande inspirador do Povo. O que nos salvará nas agruras da vida. O que nos protege.

O homem, insinua-se, ridiculamente. Cumprimenta desaforada e estupidamente quem não conhece, nunca viu mas acha-se o mais popular. A melhor parte do presunto…

O homem é um ser inconsistente, sem ideias concretas mas que se exibe continuamente como o especialista de tudo. É ridículo com as vergonhas que faz passar a todos nós, ao País, à Nação… - pobre mas digna, com história e passado de heróis. O homem não é exemplo para ninguém.

O homem nunca explica o que tem obrigação de explicar – as condecorações, porquê e para quê? Os insultos sub-repticios mas permanentes à nossa inteligência colectiva.

Faz de nós parvos. Faz de nós um povinho parolo de néscios e infantis criaturas à mercê da sua soberana inteligência e actuação.

O homem, tal qual o seu esterco-antecessor é o pior carácter que alguma vez apareceu na política portuguesa.

Tem muito a explicar, a prestar contas mas, como é o “super-sumo da barbatana”, o altíssimo, o superlativo e o completo – quem duvida que se atreva – nada explica só porque sim.

E “isto” é o maior exemplo da nossa desesperança. Da nossa “mala suerte”, porque somos pequeninos, inúteis e não merecemos melhor.

domingo, 16 de julho de 2023




ENTÃO PÁ? PARABÉNS!!! 

17 de Julho de 2023


Mais um ano e o meu habitual abraço de parabéns!!! Como se aqui estivesses e nos fosse possível festejar mais um teu aniversário.

E, não sendo nunca mais possível, fica-me a saudade e a lembrança de ti. E é, e será assim, por todos os meus anos até final.

Que te posso contar (?!). Que alegrias te poderei daqui enviar, para que também não nos esqueças - sei que não porque nos levaste contigo - e te satisfaçam saber (?!)

Neste "Oeste, nada de novo" ou melhor dizendo, o costume. Mais uns corruptos de gravatas caras, uns "ladrões de bicicletas" ( Bugattis e Lamborghinis melhor dizendo) uns vagabundos que nada trazem de bom. Um bando de canalhas e vigaristas que se vêm amanhando à conta do "Zé" e do dinheiro de todos.

Nas ultimas horas, mais um quarteto deles foi apanhado. Não ficarão lá muito tempo pois o espaço é curto e têm de engavetar a velhinha que roubou os chocolates no supermercado e um outro pilha-galinhas - estes sim, uns criminosos que precisam de castigo e têm de passar uns tempinhos na gaiola ou pildra. 

Contar-te da guerra será penoso e acho que não vale a pena. A guerra segue a Leste e muito difícil será não se chegar até cá. Os grandes "estadistas" que por cá se passeiam e se reproduzem, têm uma grande vontade de estendê-la só para ver o efeito. Quais Neros, deliquentes e psicóticos, de personalidades desintegradas e comportamentos obsessivos, só pararão quando os seus filhos tiverem também que assentar praça. Nese dia poderá ser tarde demais.

Neste período do teu aniversário, é a conhecida estação da parvoíce a que os ingleses, acho eu, lhe chamam de "silly season". E a parvoeira é tal que já ninguém se importa com quase nada a não ser umas velhacarias. Qual inflação, nem aumento de juros, qual aumento da gasolina ou do IRS, nada importa a não ser umas sardinhadas à portuguesa e acelerar até aos Algarves, a ver quem chega primeiro e espeta com as fotos no Insta ou no Face em primeiro lugar. Com o show off do costume. O resto, fica para mais tarde... 

Sabes, dentro de dias são as JMJ Jornadas Mundiais da Juventude, ali para os lados do Trancão. Gastaram uma pipa de massa para o evento, grana que não é deles e por isso, foi à fartazana. Esqueceram-se dos dois milhões de reformados que vivem no limiar da pobreza e dos muitos, em casas degradadas, pobres com trabalho que não conseguem uma vida minimamente aceitável para criar os flhos ou procriar, como manda a Lei e tanta falta fazem para terminar com a queda demográfica acentuada.

Das vítimas e dos abusadores de crianças e jovens por membros da Igreja, já nada se fala. É o bigotismo clerical habitual. Uns sem-vergonha. O povo tem memória curta e com umas rezas e umas hóstias a coisa esquece, para glória de Deus. Mas que "vivat Papa"...

Bando de salafrários.

João, greves "são mato"! Quero dizer, são constantes e uma festa sádica permanente.

Dos teus, nada sei de concreto. Tenho pena.

Um abraço apertado e carinhoso do teu irmão.

Até breve mano João.

(Hoje não chorei de saudades, enquanto escrevi)







sexta-feira, 9 de junho de 2023

 


MARCELO II – “O POPULARUCHO”

 

Passaram algumas décadas desde que, eu próprio, na saudável relação de um casamento efémero ( mea culpa ), era frequentemente adjectivado de “muito popularucho”.

De facto, eram esses tempos em que, a juventude, implicava as extravagâncias nos contactos e relações pessoais, em negócios, em grupos de amigos ou mesmo desconhecidos. Sempre com a permanente bonomia, a anedota, a graçola tantas vezes brejeira, o abraço e mesmo a foto de grupo que, hoje britânica e parolamente soi chamar-se de “selfie”.

Todo esse comportamento, reconheço-o hoje, era ridículo.

Marcelo II, porque sendo afilhado, não é primeiro, nada aprendeu com o padrinho que usava a contenção verbal, a declaração serena, a sobriedade permanente e apenas assertivas declarações no momento certo. E tantas vezes, apenas nas dormentes “conversas em família”… E que família !

Marcelo II e aqui, doravante apenas Marcelo, não resiste, não se contém e descamba no convívio com a populaça, com quem se perfilar na sua frente, seja o Zé, sejam altas figuras da política, das artes, do desporto, da cultura, de uma qualquer rambóia que se evidencie. E não se lhe apresente uma câmera de têvê ou um microfone de uma qualquer rádio, de um “jornaleiro de serviço” ou de umas jovens debutantes na fina arte do jornalismo.

Quando se confronta com estes, Marcelo entra em absoluto êxtase. E inicia o habitual ror de banalidades, de comentário inútil, trivial e frouxo de substância ou interesse verdadeiramente mensurável, por insignificante.

Se é simpático? É !!! Marcelo é popularucho pois !!!

A populaça adora ver a performance de Marcelo. Uma “selfie”, um aperto de mão – sempre exageradamente puxado para si – um abraço judoístico de aperto do pescoço, os beijos molhados ou mesmo simulados levam, seguramente ao entusiasmo e, creio mesmo, a alguns orgasmos, qual excitação fisiológica por tanto prazer.

Dir-se-á que, “Dez anos é muito tempo, Muitos dias, muitas horas a cantar, Dez anos é muito tempo, Deste tempo inteiro que eu vos quero dar”, como cantou Paulo de Carvalho, mas não. Nunca será muito tempo para aprofundar até ao limite, o carácter, mas sobretudo a ambiguidade estratégica da sua actuação política.

Se entendermos que Marcelo nunca nos desiludiu e foi sempre igual a si próprio desde a longa e premeditada longa marcha para Belém, semanal e pontualmente perante as câmeras da televisão no seu social, político e mexeriqueiro comentário, atribuindo valores na escala académica de 1/20, a tudo e a todos, logo concluiremos que, F.P.Balsemão – o “lélé da cuca” nas tiradas de Marcelo, é brando quando o compara ao escorpião da lenda da rã que, disponível aceitou carregá-lo para atravessar o rio, sem imaginar que iriam morrer os dois por ser da sua própria natureza, ferrar com o veneno os que lhe fazem bem.

Marcelo atingiu ultimamente a menoridade racional. No conceito kantiano, simula-se esclarecido, mas fala e age a partir das opiniões que escuta ou sonha e nisso assenta a sua menoridade racional.

Mas Marcelo é um homem muito inteligente e sagaz. Associa à inteligência que lhe abunda, a perspicácia, a destreza, a cultura, a argúcia e a fluência do seu discurso simples. Útil para o povão entender tudo.

Diz o povo que “Quem diz o que quer, ouve o que não quer”.

Agrava-se galopantemente a ousadia e o folclore com que Marcelo gere a instituição a que preside.

Seria enfadonho, mas às vezes divertido até, trazer aqui o ror de dislates, discursos e comportamento de Marcelo nas últimas viagens, da qual ressalta, por actual, a da África do Sul. Vou-me conter…

Ficar-me-ei pelas cómicas idas ao Multibanco ou aos Gelados Santinni, ali por Belém para não descrever as exibições natatónicas na praia de Cascais ou no atravessamento do Tejo.

Excuso-me a penitências, rezas e promessas falsas.

Longa vida a Marcelo!

 

(AV 9-6-23 in http://desventuralusitana.blogspot.com/ em recusa consciente de utilização do “aborto” ortográfico)

 

 

 

 

quarta-feira, 8 de março de 2023


QUATRO ANOS DE SAUDADE... Que raio!!!

Em menos de nada, damo-nos conta dos 4 anos passados desde que partiste.

Foi neste  dia de 2019 que me acordaram de manhã cedo, com a notícia da tua partida.

Neste todo tempo, acho mesmo que não passei uma manhã sequer, sem te ter recordado com a muita saudade que me emagrece a alma.

"A Oeste Nada de Novo" como titulou o seu melhor e ultimo romance, o judeu francês Erich Maria Remarque, sobre a guerra de 14.

Querido João, como se pudesses ler-me... Ainda assim te digo que os tempos são negros por agora. A guerra de 14 e a de 39 não trouxeram ensinamentos a esta malta que nos desgoverna. O sofrimento dos inocentes é retratado todos os dias nas têvês ao serviço da canalha. Outros haverão de ter diferente opinião, eu sei.

Sigo, seguimos nos convívios dos nossos amigos de sempre - alguns vão desaparecendo também. Com eles te vamos sempre recordando.

O teu sobrinho - que tu asseguravas com a graça habitual, ser o garante do apelido e a continuidade da nossa "má raça" (alentejana), vai-te recordando sem grandes manifestações mas, sempre com um olhar que só eu interpreto como de grande saudade do Tio João.

Dos teus mais próximos pouco vou sabendo - talvez achem que não mereço saber mais. Mas não lhes levo a mal. Que fiquem, cada um com a sua decisão que eu ficarei com a saudade de ti, penosa como é toda a saudade, mas com a alegria de te ter tido como irmão.

Tanta vez brigámos - coisa natural - e afinal tanto nos unia e poucos sabiam disso.

Quatro anos poderiam ser entendidos como uma eternidade, ou longo tempo mas, 4 anos depois, com a constante e diária lembrança, estás sempre presente, aqui comigo e com os outros que te estimavam.

Vai longa mais esta carta que sei não poderás ler, mas sabias bem que te a iria escrever e assim continuarei até que possa.

Muita saudade João, muita.

(mano Toninho 4 anos depois de ti)


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