domingo, 1 de dezembro de 2013

AINDA OS ENVC - ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO
(em resposta a um amigo, que parece não estar elucidado, talvez por estar ausente)
Não ! O que se passa é verdadeiramente mais um abocanhar do polvo!!! O polvo com os seus multiplos tentáculos - Antonio Mota, Jorge Coelho, Irmãos Martins, os homens da "Lavandaria" (que se zangaram há dias...) etc etc. A "negociata" porque outra coisa não é, é isso sim, muito mais complexa, aliás como convém. Quanto maior a complexidade mais fácil será a prescrição de um qualquer processo judicial que eventualmente venha a surgir, talvez por iniciativa de um qualquer Procurador "fora da onda". Como já nos habituámos, no caso desse vir a existir, a breve trecho será transferido para uma Comarca de 2ª classe (recorde-se o caso Juiz Rui Teixeira). O caso dos ENVC é então mais complexo, mas explicável. Os ENVC têm um passsivo acumulado de umas centenas de milhões de euros. Primeira ilacção - O Estado não sabe nem deve administrar Empresas, não tem competência para governar quanto mais para administrar negócios. O Estado que temos, não é especialista em negócios... é brilhante, isso sim, em "negociatas!!! Voltando ao problema em concreto. O Estado tem indicações de Bruxelas que deverá repor os 180 milhões que injectou na empresa EMVC... ou encerrá-la ! Mais uma vez, falta de tomates.... ninguém deveria impor ao Governo de um Estado membro as Empresas geradoras de riqueza e emprego, que se devem ou não encerrar. Os nossos desGovernantes sabem tanto de coisas sérias como eu percebo de lagares de azeite. Assim sendo, o Estado na sua brilhante decisão, decide sem qualquer transparência através de um (suponho especialista em Defesa) que dá pelo nome de Ministro (JPAB), adjudicar a uma Empresa que ainda não existe mas que fará parte do universo do polvo Mota-Engil/Martifer... os terrenos, equipamentos e instalações onde desde há mais de 50 anos labora a ENVC. Por esse contrato, a "Empresa" irá pagar uma renda de 420.000€ anuais. O Estado por seu lado, como entidade patronal, promoverá um despedimento colectivo que, nos termos da Lei só poderá ocorrer em Fevereiro e não antes, dos 620 trabalhadores. Como ???? Da seguinte forma, contrariando o que legislou há bem pouco tempo, manda alguns para a reforma antecipada (ilegal de acordo com legislação publicada e em vigor), aos outros, promove a partir de 2ª feira, despedimentos por acordo, para o que, disporá de 30 milhoes de euros. Aparentemente o negócio estará bem!!! Mas só aparentemente.... para além de sobrecarregar a Segurança Social com esta atitude ilegal de mandar para a pré-reforma trabalhadores, com qualidade e desempenho profissional, vai ainda utilizar os impostos, para mais um golpe nas já tão débeis contas do Estado, arrancando-lhe 30 milhões. Porém, não se fica por aí. O Estado, nos eventuais acordos de despedimento de certamente mais de 500 trabalhadores, irá, para alem das indemnizações do mutuo acordo, garantir os subsidios de desemprego, penalizando ainda mais uma vez a Segurança Social. Mas, vamos então às contas!!!! O Estado receberá da Martifer, uma Empresa brilhante com um passivo acumulado de mais de 380 milhoes de euros (que só por si indicia que se trata de uma empresa fiável e assim se justifica a adjudicação sem concurso público), a quantia de 420.000 € x 15 anos = 6 Milhões e Trezentos Mil Euros. Como investe 30 milhoes, mais uma vez se demonstra que o Estado é um péssimo gestor, levando ao prejuízo de mais de 23 milhoes de euros. Se considerarmos que os juros da dívida troykana são com "língua de palmo", o prejuízo será muito superior. Mas o problema maior ainda é a coragem com que se atiram para o desemprego mais 500 ou 600 trabalhadores. O pior, é a coragem e a desfaçatez ( sempre com o sorrisinho do Sr Ministro da Desfesa), com que se desbarata mais uma unidade de produção, no caso, o resto de toda a nossa construção naval, outrora brilhante e arrasada a terra queimada pelos sucessivos desGovernantes deste Pais, nos ultimos 40 anos. Porém, a Martifer, com sede e instalações industriais em Vila de Frades, bem no interior e outras igualmente de grande dimensão na zona de Benavente, empresa vocacionada para a construção metalo mecânica de grandes estruturas - actualmente a produzir torres eólicas e estruturas de grande porte, até para os Estadios de futebol do Mundial de 2014 no Brasil, (verá com muito interesse instalações prontinhas, equipamentos e porto de embarque directamente para o Mundo) - não tem vocação para a construção e reparação naval. MAS ISSO NÃO INTERESSA NADA, parafraseando a produtora e apresentadiora da TVI nos programas porcos dos Big Brothers e outros.... Não interessa nada porque, a Martifer não vai construir nenhum navio, nem reparar nem um bote salva-vidas. O que vai fazer é, candidatar-se ao novo QREN a chegar em breve, e aí desenvolver mais um projecto na área principal da sua actividade. E, se não for mais longe e vier a receber como em Aljustrel mais uns quaisquer 127 milhões de euros para criação de postos de trabalho etc e tal.... ESTAMOS ENTÃO PERANTE MAIS UM SALVADOR DA PÁTRIA!!! E talvez, contrate alguns trabalhadores da ex ENVC, se se portarem bem, se assinarem as rescisões sem fazer muitos floreados e forem mansinhos (Esperemos vivamente que não). Contratá-los-á, a prazo, com remunerações actuais de pouco mais que o OMN. A Martifer-NovaEmpresa (?), para se candidatar aos QREN terá de ser em nome de uma Empresa fundada pelo meenos no ano anterior. Daí a pressa... Dezembro já aí está e a "Empresa na Hora" também.... prá frente e em força, que os lacraus não podem esperar!!! ASSIM É COMO PARECE SER !!! Nada foi dito (para alem das mentiras do costume) que possam contrariar o que se descreveu atrás.....

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