sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

  OS EMPATAS...🐖🐖🐖🐖🐖

Tenho por este tão grande grupo de trogloditas o maior desapreço.

Os empatas são únicos e ao invés de uma redução da espécie, procriam desalmadamente enquanto nos seus tempos livres se dedicam clamorosamente à diabólica porneia com que nos levam ao desespero.

Quem não se lembra dos seus tempos de colégio em que havia sempre um Empata a estragar a festa do nosso primeiro namoro (?), espreitando atrás de uma árvore, de um pilar do recreio da escola ou, em uma qualquer esquina, tornando indiscreto o primeiro beijo ou abraço, numa onzenice absurda e absoluto desconchavo.

Quem não se lembra do primeiro contacto com uma qualquer Secretaria em que, carregados com um ror de papéis, requerimentos, cédulas e atestados se havia como resposta - ainda falta a declaração...

Os Empatas são parentes não muito afastados dos antigos Mangas de Alpaca, nome por que eram conhecidos, dado o uso permanente de umas mangas de tecido preto, lustroso que impedia danificar o casaco "de sair". E era assim que estes parentes afastados dos Empatas, exerciam a sua actividade nos escritórios, repartições, organismos vários do Estado Corporativo. Eram igualmente conhecidos por Lambe Botas, dada a sua caracteristica, hoje Yes Man para ser mais fino, mais chic, mas que no fim vem tudo a dar ao mesmo.


Mas voltemos aos Empatas que me parecem mais geniais, engenhosos e atrevidos.

Se há alguma coisa que atrapalhe um diligente Empata, é o requerimento do Livro de Reclamações para se fazer uso, para reportar o seu reles atendimento ou tantas vezes, o desprezo e escornado tratamento de cada um de nós.

Aí se amofinam e não poucas vezes, parece, entrarem um pouco no trilho. Mas por pouco tempo.

Hoje, os Empatas tornaram-se nos donos da economia. Com eles, o País anda para a frente - mas devagar, devagarzinho...- desenvolve-se, consumindo papel, gastando combustíveis e estragando a paciência dos mais frágeis.

Abordaremos à frente a transição digital que, por acaso não é questão de somenos importância neste desenvolvimento galáctico, supersónico e fulgurante do nosso desenvolvimento, económico, social, ambiental e humano.

Fiquemo-nos entretanto pelo Simplex, esse conjunto enorme da simplicidade, da facilidade e facilitação, do avanço em vez do recuo, do fazer e não desfazer, do fim dos quesitos, das vírgulas, dos requerimentos, das minudências de tudo e o demais de que nos lembramos.

E assim chegados, recordemos então, notícias frescas de programas com mofo.

Os desafios renovam-se, o Simplex também (para 2020/2025)

Esta edição do programa SIMPLEX assume uma visão clara das transformações necessárias para que a Administração Pública esteja sempre à altura de quaisquer desafios, servindo a sociedade, impulsionando a economia, projetando a imagem de um país moderno e inovador.

Integra um conjunto de medidas que melhoram os ambientes de negócios e facilitam o acesso aos serviços públicos por todas as pessoas, tirando partido da tecnologia digital, mas contextualizando-a na resposta às distintas realidades sócio-económicas e territoriais do nosso país.

Para garantir melhor serviço público, o programa contempla ainda medidas que reforçam a capacidade interna da Administração Pública, através da participação, da colaboração entre organizações e setores e do desenvolvimento de novas competências nas pessoas que têm a responsabilidade de criar respostas simples para problemas complexos.

Sabemos bem que, qualquer investidor estrangeiro, na sua primeira abordagem ao eventual investimento em Portugal, procura informação sobre três temas.

O primeiro, é relativo aos tempos da justiça, o que, como se sabe é coisa tenebrosa, sendo que o segundo pondera sobre a burocracia (dos tais, dos Empatas) e o terceiro, a questão fiscal e os benefícios obtíveis ou presumivelmente conquistáveis como prémio do investimento estrangeiro. A questão salarial, não sendo questão de somenos, já vem conhecida antecipadamente.

Uma das grandes bandeiras da governação nacional e igualmente da Presidência Portuguesa da UE neste primeiro semestre de 2021, é a Transição Digital.

E sendo essa tão necessária com vista ao melhor funcionamento da UE, confrontamo-nos porém com a inércia e desvontade dos chamados "operadores" que, para além das guerras para a conquista do 5G, pouco fazem no vasto território do interior em particular, não obstante os custos dos serviços de internet e telecomunicações que são cobrados.

Longe vai o tempo dos "roamings", do esbulho continuado que recentemente foi quase abolido, sobretudo na UE.

Mas o tema que importa agora é o comportamento, a existência e a talvez "diversão" dos Empatas.

Todos nós nos confrontamos com eles, em qualquer circunstância. 

A par da corrupção, da "gasosa Angolana" ou de "um cafezinho", no Brasil, "feijão para as crianças", em Kinshasa (Congo), "uma taça de vinho", em Paris (França), os Empatas andam por todo lado, atrás de um balcão, num atendimento telefónico, pessoal em uma qualquer repartição pública, organismo, junta de freguesia, câmara municipal, associação, fundação ou, como proliferam por todo lado, nas "instituições".

Em Portugal "dos pequeninos", qualquer negociata de comércio bancário, seguradoras de difícil cumprimento de obrigações, agência de não sei mais quê, é uma "Instituição".

Mas os Empatas também conhecidos por "Blockers", lá vão tratando da sua vidinha, emproaditos, senhores do seu nariz, fatiota com lustro nas golas dos casacos, calcita apertada e curta, como manda a "new fashion" tudo complicando, dificultando, infernizando a vida e a saúde, mas tudo, mesmo tudo,



"A bem da Nação"








  O GOLPE (Parte 1) O conhecido “golpe de Estado palaciano” é o tipo de golpe em que a tomada do poder se projecta e algumas vezes, di...