Longa vida aos Edis. Vamos lá então VOTAR !!! (Versão 2021)
A vinte dias da
definição do vosso/nosso futuro, eis que é tempo de cada um, de forma séria e
envolvente, se manifestar concretamente sobre o propósito que o norteia.
Não, não somos
tolos.
E por isso, a
menos que sejamos apanhados desprevenidos, haveremos de saber para onde vão e
nos querem levar.
É o futuro que
nos apoquenta. Aliás, há muito que vivemos apoquentados, externando os vivas e
as vaias às atuações dos últimos tempos.
E, dir-se-á que
foram mais os vivas do que as vaias. É possível que sim. Os encantamentos a
isso levaram e ás pequeninas dádivas recebidas, os pobres, não mal agradecidos,
disseram “viva”!
Mas não é disso
que se trata agora. É agora o tempo de conhecer o propósito, de saber a
motivação, de ver assegurada a garantia do progresso, do desenvolvimento, da
seriedade, do comportamento digno e sério. Tempo de saber e garantir a
igualdade, o trabalho coletivo em prol de nós todos e dos vindouros. Esses, com
o futuro tão comprometido até hoje, como se sabe.
É agora o tempo
da sobriedade, do fazer a sério, sem questiúnculas, sem vaidades, sem rateios, sem comprometedoras
preferências de estilo, política, género ou conotação.
É o tempo de
NISA! E dos outros.
Agora, é o verdadeiro,
derradeiro momento para alguns, de ver e crer. De confiar, de ver garantidos os
mais elementares direitos que a democracia nos trouxe. Igualdade, fraternidade,
solidariedade.
Tudo em prol do
nosso futuro coletivo, sem máguas nem máculas. Sem raivinhas e sem ódios. Com
firme e denodado empenho em construir, em fazer e deixar fazer, para o crescimento
e felicidade de todos.
Saibam todos
que, sós nada conseguirão. Não foi sózinhos que conseguiste o estabelecimento
do poder local, como terceiro nível da governação do País e que durante mais de
40 anos, transformou Portugal, como nunca até então. E por isso, a esse, no
coletivo, damos os “Vivas”.
É pois esse, o
louvor que merecem, os vivas recebidos a todos os mais de 37.000 autarcas dos
nossos municípios que, durante já tantas décadas ajudaram ao desenvolvimento,
ao respeito e dignidade das populações e dos sítios e Concelhos.
Mas o momento
de agora, não contempla os “vivas”. Impõe, outrossim, o conhecimento e a
certeza do que os move. Com que podemos contar (?). Qual a disponibilidade para
terminar o período da eleição e a dedicação a um trabalho conjunto, coletivo
(?), profícuo, sério. Se não há, compreensão do muito mais que nos une, do que o que
nos separa, então será evidente que as promessas não se cumprirão.
É este o tempo
da seriedade. O tempo das garantias, sem juras, mas também sem perjúrios.
O que nos for
dito agora, o cumprimento ou as promessas incumpridas, servirá como prova para absolvição
ou condenação pública no longínquo 2025.
E é assim, tal
como antes. Cada mandato merecerá o seu julgamento.
Mas,
confrontados com o futuro próximo, haveremos de refletir sobre os programas que
anteriormente pedimos publicação e já tardam.
Recordando
2017, tão actual...
“Aqui para nós que ninguém nos ouve. Estou cansado!!!
E na semana, recta final da campanha, das arruadas, dos comícios, dos
out-doors, das rádios, tv´s, pasquins. Das esferográficas, dos saquinhos com as
caretas, dos isqueiros, dos chouriços embalados com a dita do candidato... Das
promessas, das juras, das poucas prestações de contas, das ameaças, dos
eriçados encontros, das promissões de que agora é que é... Estou farto.
E estou farto, das mentiras, do "fazer de nós parvos", dos
perjurios, dos insultos, da má educação, da sobranceria, das audácias, atoardas
sem recato ou qualquer decoro.
Sim, estou farto, empanturrado de "coisa nenhuma", que valha, que
interesse ao nosso coletivo, regional ou nacional. E por isso, protesto contra
as constantes tentativas de promoção da asnidade, num desapuro constante que
abomino.
E, quando embalados no remanso deste Outono mal chegado, buscando a paz, o sossego, eis que mais uma caravana passa, apregoando os melhores, exibindo as bandeiras, identificando os prometimentos, vãos é certo, mas que fica bem para se alcançar a vitória.
Com as ridículas conversetas e sorrisos de oportunidade, com a peixeira D.Maria, alvoraçada, com o sapateiro com profissão em fim de vida, com o lojista de rua amargurado com as grandes superfícies, com o desalojado do bairro decrépito, com o cigano xenofóbicamente ostracizado, com o reformado já mais confiante porque lhe devolveram o quinhão roubado, com o desempregado, agora mais esperançoso de que ainda poderá ser útil, com os velhos sem lar, nem rei nem roque, entregues à sua sorte na casinha degradada do bairro da cidade.
Com a gritaria dos jotas, (almejando um lugar em fim de curso), com os
hinos (alguns bem melódicos e já bem conhecidos), com a invasão das praças,
ruas, travessas, mercados, de cidades, vilas ou aldeias, onde não voltarão tão
depressa, a não ser em tristes momentos de calamidades, incêndios, terramotos
ou derrocadas... E aí, também e sempre aproveitando as câmaras de qualquer
"man" ou alguns microfones de um qualquer directo radiofónico.Estou farto!
Interiormente sinto coisa parecida com raiva... mas não posso garantir que
seja isso. Só com diagnóstico clínico apurado, concluirei. Mas que estou, é
mesmo verdade. Farto!
Em recato, reflicto muitas vezes e recordo os idos, já quarenta anos do
poder autárquico.
Faço-o com satisfação, regozijo-me por esta bela conquista de Abril, de que
sou fanático desde sempre, mesmo antes, anos antes dessa feliz madrugada. Louvo
o propósito original, desenvolvimento do país, para o bem-estar das populações, na implementação
e melhoramento das redes públicas de abastecimento de água, electricidade,
saneamento básico, tratamento de lixo, arruamentos, parques e jardins, estradas
e caminhos, habitação social, pavilhões poli-desportivos e dinâmica cultural.
Hoje, Portugal é bem diferente. Às autarquias, ao poder local se deve muito
do nosso desenvolvimento. É incontestável que às edilidades se deve, o denodado
esforço de promoção, de desenvolvimento, de criação de riqueza, do comércio, de
indústria, de turismo que outrora não tínhamos, pelas razões bem conhecidas.
São as autarquias e os seus dirigentes, credores do sucesso do fim do
abandono de tantas regiões, pequenas vilas e aldeias. A eles devemos a maior
parte da modernização das infraestruturas locais, da inclusão de todos (ou
quase todos) no mapa da Nação lusa.
Mas estou farto, dos insultos, da má educação, da sobranceria, das audácias,
atoardas sem recato ou qualquer decoro.
Sim, estou farto, empanturrado de "coisa nenhuma", que valha, que interesse ao nosso colectivo, regional ou nacional. E por isso, protesto contra as constantes tentativas de promoção da asnidade, num desapuro constante que abomino.”
(in http://desventuralusitana.blogspot.com/2017/)
E deixaremos de
ser “gente subsidiada, vestida
de negro e sentada na sombra das casas, à espera que venham ver a paisagem”
(MSTavares Expresso 3/09/2021)
AV/ 04/09/2021
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