segunda-feira, 6 de setembro de 2021

UM PARTIDO PLURAL.

A LIBERDADE DE ESCOLHA E PENSAMENTO

DOIS HOMENS QUE APRECIO





O texto que se segue, não seria necessário se não tivesse sido forçado a vir aqui esclarecer em defesa da honra, todas as minhas preferências, militâncias e devaneios desportivos com que me identifico. Não diz respeito a ninguém e como é óbvio, sobretudo para quem me conhece, não espero por isto e por demais publicações que faço, receber benefícios ou graças públicas, ou prebendas autárquicas ou nacionais, ou ainda condecorações às quais, de facto nunca nada fiz para merecer. É apenas a resposta prévia, para bom entendedor, o qual a receberá diretamente com o respeito que sempre me merecem os que conheço bem e os que conheço, assim assim.

Que fique claro, sem interesse para ninguém, mas apenas por desabafo um pouco “chanfrado” que também mereço ter direito.

Não venho agora “sair do armário” porque nunca me lá escondi. O termo até me arrepia só de pensar. Não!

Tenho, porém, dois homens na minha vida recente que, nunca deixei de apreciar. Pela atitude, competência, sobriedade, dedicação à função e porque não, pela maneira franca, alegre e sorridente com que enfrentam os desafios que as funções de cada um deles, lhes são apresentadas.

O primeiro é o Míster Ruben Amorim que ao cabo de 19 anos sofridos, alcandorou com sapiência o meu Sporting a Campeão Nacional. A ele, devo muitos momentos de alegria, de gritos de satisfação pelas atuações da jovem equipa que conseguiu formar com a chamada “prata da casa”, especialmente.

No meu Sporting, milito há mais de 50 anos. Tantas vezes escondido à saída do Alvalade, após mais uma tremenda derrota. Tantas e não menos vezes, preferindo o sorriso e as respostas gabarolas aos meus amigos de Carnide, ou para ali perto.

O outro “homem da minha vida” chama-se António Luis Santos da Costa, mais conhecido por António Costa, por PM, por Secretário Geral e por tantos nomes feios e outros bonitos com que a malta o identifica, sem conhecer.

Mas para mim é o enorme António Costa, que aprecio como PM, como político e como pessoa no seu trato fácil, sorridente e sempre manifestando a grande inteligência, agudeza de espírito e sagacidade. Com esses predicados, tem governado Portugal. Com a determinação e clareza de propósito e sempre com o otimismo que até lhe criticam tantas vezes e com palavreado quase obsceno.

É verdade, nunca este meu preferido se manifestou em público a anunciar, tempestades, trovoadas ou a chegada do Diabo. Por isso o prefiro !

Mas, salvemos os curiosos agora. E em jeito de resposta a determinada personalidade, aqui vos deixo o fim do meu tabu.

Iniciei a minha militância no Partido Socialista em 1981, quando entendi que a social democracia com que me identifico estava na ala esquerda da política partidária. Já lá vão 40 anos.

Confesso-vos que já não era nada jovem e por isso, as Jotas passaram-me ao lado. E de nada me serviriam, pois que não queria emprego, nem prebendas, nem tacho, nem lugar, nem poleiro e muito menos acesso fácil ao tacho ou caldeirão.

Um amigo portalegrense que partiu recentemente, foi o impulsionador daquela minha decisão de adesão à ideia política do PS. Os nossos muitos almoços a que sempre me convidava em S.Bento e outros encontros, motivaram-me a apreciar os grandes desta área política a que me sinto agregado.

O conhecimento e belas conversas, também paródicas é certo, que tive a honra de partilhar com o saudoso fundador, quer no restaurante da Rocha Vau Mar, quer em outros encontros, de entre os quais, o agradável, na Quinta do Rosal na minha Portalegre do coração, em convívio de Empresários da Região, ficarão sempre na minha melhor memória.

Então, o tabu desfaz-se agora. Sim porque todos temos direito a ter um tabu, não é direito que só pertence aos ilustres, aos grandes e aos badalados.

Sou esquerdista político com muita satisfação e orgulho. A minha preferência, militância e voto frequente na área do Partido Socialista, deve-se muito ao meu reconhecimento deste ser, de facto, um partido plural. E é nessa convicção e certeza que prossigo inspirado politicamente nesta área e neste grande PS.

António Costa, um dos meus homens de eleição, é também parte da minha grande motivação e aposta.

Na pluralidade do partido político que apoio há 40 anos, na política seguida, tantas vezes estóica e determinada, permito-me discordar algumas vezes e essa liberdade a que me permito, foi aquele que ajudou e muito a estabelecer desde o 25 A.

Não posso portanto deixar de manifestar-me e colocar-me contra, sempre que me deparo com as audácias, o oportunismo ou as maleficências de tantos ou de alguns que, com a pretensa superioridade e/ou autoridade se permitem ofender o maior de todos os direitos e garantias que o meu PS tem na sua essência – a igualdade e a solidariedade.

E é perante esses e o malévolo comportamento, que me insurjo.

E então, aqui fica expresso que, não me calarei!!! Atenta a liberdade que defendi ao longo de toda a vida, seguro da pluralidade com que se identifica o Partido Socialista com que me identifico e apoio desde sempre.

Ficou então esclarecido!

  O GOLPE (Parte 1) O conhecido “golpe de Estado palaciano” é o tipo de golpe em que a tomada do poder se projecta e algumas vezes, di...