quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Carta a um HIPÓCRITA (qualquer)



DESCULPA, MAS ACHO QUE NÃO TE ENCONTREI ONTEM....!!!! 
PROCUREI-TE EM TODO O LADO... FUI AO MARQUÊS E A S. BENTO, DEPOIS FUI A COIMBRA E DEI UM SALTINHO À PRAÇA DA BATALHA NO PORTO. DE TANTO PROCURAR E SEMPRE PREOCUPADO POR NÃO TE VER, AINDA DESCI ATÉ FARO.
PASSA-SE ALGUMA COISA???? ESTÁS DOENTE???? CANSADO, ESPEZINHADO, INANIMADO, ABSORTO, LIXADO...???
AH,... JÁ DESCOBRI. DESCULPA ESTE MEU FEITIO. 
A VIDA CORRE-TE BEM, NEM ME LEMBRAVA ! TENS CARRO NOVO DA EMPRESA PUBLICA, COMO TODOS OS TEUS COLEGAS "ADMINISTRADORES PUBLICOS", COM COMBUSTIVEL E CARTÕES DE CRÉDITO E OS PRÉMIOZITOS DE "BOA GESTÃO". TENS RAZÃO.... NÃO FIZESTE LÁ FALTA NENHUMA.
MAS TOMA CUIDADO, NO FUTURO PRÓXIMO OLHA SEMPRE PARA O LADO QUANDO SAIRES. SABES, JÁ ANDAMOS TODOS, COMO SE COSTUMA DIZER "COM O OLHO EM TI" E NOS "OUTROS".DE QUALQUER FORMA, CUIDA-TE.
AS MANIFS CORRERAM MUITO BEM. SABES, O POVO DE VEZ EM QUANDO ACORDA.
ACEITA UM ABRAÇO(de Judas)


A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA... 
(Um artigo de Clara Ferreira Alves digno de ser lido)

Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado!... 

ESTE GOVERNO, o de Pedro Passos Coelho, nasceu de uma infâmia. No livro "Resga­tados", de David Dinis e Hugo Coelho, insuspeitos de simpatias por José Sócra­tes, conta-se o que aconteceu. O então primeiro-ministro chamou Pedro Passos Coelho a São Bento para o pôr a par do PEC4, o programa que evitava a interven­ção da troika em Portugal e que tinha sido aprovado na Comissão Europeia e no Conselho Europeu, com o apoio da Alemanha e do BCE, que queriam evitar um novo resgate, depois dos resgates da Grécia e da Irlanda. 

Como conta Sócrates na entrevista que hoje se publica, Barro­so sabia o quanto este programa tinha custado a negociar e concordava com a sua aplicação, preferível à sujeição aos ditames da troika, uma clara perda de soberania que a Espanha de Zapatero e depois de Rajoy evitou. Pedro Passos Coelho foi a São Bento e concordou. O resto, como se diz, é histó­ria E não é contada por José Sócrates, que um dia a contará toda. No livro, conta-se que uma personagem chamada Marco António Costa, porta-voz das ambições do PSD, entalou Passos Coelho entre a espada e a parede. Ou havia eleições no país ou havia eleições no PSD. Pedro Passos Coelho escolheu mentir ao país, dizendo que não sabia do PEC4. Cavaco acompanhou. E José Sócra­tes demitiu-se, motivo de festa na aldeia. Detenho-me nesta mentira porque, quando as águas se acalmam no fundo do poço, é o momento de nos vermos ao espelho. Pedro Passos Coelho podia ter agido como um chefe político respon­sável e ter recusado a chantagem do seu partido. Podia ter respondido ao diligente Marco António que o país era mais importante do que o partido e que um resgate seria um passo perigo­so para os portugueses. Não o fez, fraquejou. Um Governo que começa com uma mentira e uma fraqueza em cima de uma chantagem não acaba bem. Houve eleições, esse momento de vindicação do pequeno espaço político que resta aos cidadãos, e o PSD ganhou, proclamando a sua pureza ideológica e os benefícios da anunciada purga de Portugal. Os cidadãos, zangados com o despesismo de Sócrates e do PS, embar­caram nesta variação saloia do mito sebástico. O homem providencial. Os danos e o sofrimento que esta estupidez tem provocado a Portugal são impossí­veis de calcular. 
Consumada a infâmia, a campanha contra José Sócrates continuou dentro de momentos. Todos os dias aparecia uma noticiazinha que espalhava pingos de lama ou o Freeport, ou a Face Oculta, ou a TVI, ou todas as grandes infâmias de que Sócrates era acusado. Ao ponto de o então chefe do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que se tinha aliado ao PCP e ao PSD para deitar o Governo abaixo e provocar a demissão e eleições (no cálculo eleitoralista misturado com a doutrina esquerdista que ignorava a realidade e as contas de Portugal), me ter dito numa entrevista que considerava "miserável" a "campanha pessoal" da direita contra Sócrates. Palavras dele. Aqui chegados, convém recordar o que o Governo de Passos Coelho tem dito e feito. Recordar as prepotências de Mi­guel Relvas, os despedimentos, os SMS, os conluios entre a Maçonaria e os serviços secretos, os relatórios encomen­dados, os escândalos, a ameaça da venda do canal público ao regime angolano, e, por fim, o suave milagre de um inexisten­te diploma. Convém recordar as menti­ras sobre o sistema fiscal, os cortes orçamentais, a adiada e nunca apresenta­da reforma do Estado, as privatizações apressadas e investigadas pelo MP, os negócios e nomeações, a venda do BPN, as demissões (a de Gaspar, a "irrevogá­vel" de Portas), as mentiras de Maria Luís, os swaps e, por último, cúmulo das dezenas de trapalhadas, o espetáculo da "Razão de Estado" vista pela miopia de Rui Machete. 
Convém recordar que na semana de demissão de José Sócrates os juros do nosso financiamento externo passaram de 7% para 14%. E os bancos avisaram-no de que não aguentavam. Sócrates sentou-se e assinou o memorando. Que o atual primeiro-ministro não hesitasse, mais uma vez, em invocar um segundo resga­te para ganhar as eleições autárquicas que perdeu, diz tudo sobre a falta de escrúpulos deste Governo, a que se soma a sua indigência, a sua incompetência, o seu amadorismo. A intransigência. Este é o problema, não a austeridade. José Sócrates foi estudar. Escreveu uma tese, agora em livro, que o honra porque tem um ponto de vista bem argumenta­do, politicamente corajoso vindo de um ex-primeiro-ministro. E vê-se que sabe o que diz. Podem continuar a odiá-lo, criticá-lo, chamar-lhe nomes. Não alinho nas simpatias ou antipatias pela persona­gem, com a qual falei raras vezes. O que não podem é culpá-lo de uma infâmia que levou o país ao colapso político, financeiro, cívico e moral. Entre os portu­gueses e a luxúria do poder, Passos Coe­lho escolheu o poder. Fica registado.A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA... 
(Um artigo de Clara Ferreira Alves)


Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado!... 

ESTE GOVERNO, o de Pedro Passos Coelho, nasceu de uma infâmia. No livro "Resga­tados", de David Dinis e Hugo Coelho, insuspeitos de simpatias por José Sócra­tes, conta-se o que aconteceu. O então primeiro-ministro chamou Pedro Passos Coelho a São Bento para o pôr a par do PEC4, o programa que evitava a interven­ção da troika em Portugal e que tinha sido aprovado na Comissão Europeia e no Conselho Europeu, com o apoio da Alemanha e do BCE, que queriam evitar um novo resgate, depois dos resgates da Grécia e da Irlanda.

Como conta Sócrates na entrevista que hoje se publica, Barro­so sabia o quanto este programa tinha custado a negociar e concordava com a sua aplicação, preferível à sujeição aos ditames da troika, uma clara perda de soberania que a Espanha de Zapatero e depois de Rajoy evitou. Pedro Passos Coelho foi a São Bento e concordou. O resto, como se diz, é histó­ria E não é contada por José Sócrates, que um dia a contará toda. No livro, conta-se que uma personagem chamada Marco António Costa, porta-voz das ambições do PSD, entalou Passos Coelho entre a espada e a parede. Ou havia eleições no país ou havia eleições no PSD. Pedro Passos Coelho escolheu mentir ao país, dizendo que não sabia do PEC4. Cavaco acompanhou. E José Sócra­tes demitiu-se, motivo de festa na aldeia. Detenho-me nesta mentira porque, quando as águas se acalmam no fundo do poço, é o momento de nos vermos ao espelho. Pedro Passos Coelho podia ter agido como um chefe político respon­sável e ter recusado a chantagem do seu partido. Podia ter respondido ao diligente Marco António que o país era mais importante do que o partido e que um resgate seria um passo perigo­so para os portugueses. Não o fez, fraquejou. Um Governo que começa com uma mentira e uma fraqueza em cima de uma chantagem não acaba bem. Houve eleições, esse momento de vindicação do pequeno espaço político que resta aos cidadãos, e o PSD ganhou, proclamando a sua pureza ideológica e os benefícios da anunciada purga de Portugal. Os cidadãos, zangados com o despesismo de Sócrates e do PS, embar­caram nesta variação saloia do mito sebástico. O homem providencial. Os danos e o sofrimento que esta estupidez tem provocado a Portugal são impossí­veis de calcular.
Consumada a infâmia, a campanha contra José Sócrates continuou dentro de momentos. Todos os dias aparecia uma noticiazinha que espalhava pingos de lama ou o Freeport, ou a Face Oculta, ou a TVI, ou todas as grandes infâmias de que Sócrates era acusado. Ao ponto de o então chefe do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que se tinha aliado ao PCP e ao PSD para deitar o Governo abaixo e provocar a demissão e eleições (no cálculo eleitoralista misturado com a doutrina esquerdista que ignorava a realidade e as contas de Portugal), me ter dito numa entrevista que considerava "miserável" a "campanha pessoal" da direita contra Sócrates. Palavras dele. Aqui chegados, convém recordar o que o Governo de Passos Coelho tem dito e feito. Recordar as prepotências de Mi­guel Relvas, os despedimentos, os SMS, os conluios entre a Maçonaria e os serviços secretos, os relatórios encomen­dados, os escândalos, a ameaça da venda do canal público ao regime angolano, e, por fim, o suave milagre de um inexisten­te diploma. Convém recordar as menti­ras sobre o sistema fiscal, os cortes orçamentais, a adiada e nunca apresenta­da reforma do Estado, as privatizações apressadas e investigadas pelo MP, os negócios e nomeações, a venda do BPN, as demissões (a de Gaspar, a "irrevogá­vel" de Portas), as mentiras de Maria Luís, os swaps e, por último, cúmulo das dezenas de trapalhadas, o espetáculo da "Razão de Estado" vista pela miopia de Rui Machete.
Convém recordar que na semana de demissão de José Sócrates os juros do nosso financiamento externo passaram de 7% para 14%. E os bancos avisaram-no de que não aguentavam. Sócrates sentou-se e assinou o memorando. Que o atual primeiro-ministro não hesitasse, mais uma vez, em invocar um segundo resga­te para ganhar as eleições autárquicas que perdeu, diz tudo sobre a falta de escrúpulos deste Governo, a que se soma a sua indigência, a sua incompetência, o seu amadorismo. A intransigência. Este é o problema, não a austeridade. José Sócrates foi estudar. Escreveu uma tese, agora em livro, que o honra porque tem um ponto de vista bem argumenta­do, politicamente corajoso vindo de um ex-primeiro-ministro. E vê-se que sabe o que diz. Podem continuar a odiá-lo, criticá-lo, chamar-lhe nomes. Não alinho nas simpatias ou antipatias pela persona­gem, com a qual falei raras vezes. O que não podem é culpá-lo de uma infâmia que levou o país ao colapso político, financeiro, cívico e moral. Entre os portu­gueses e a luxúria do poder, Passos Coe­lho escolheu o poder. Fica registado.

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